Os novos medicamentos (inibidores de protease) atuam no vírus da hepatite C. Eles se ligam a uma parte do vírus, uma proteína com ação enzimática e que é essencial para a multiplicação viral, chamada protease.
A terapia atual (interferon peguilado + ribavirina) no caso do genótipo 1, resulta em resposta virológica sustentada (RVS) (que é a cura da hepatite C) ao redor de 46%. Em uma análise dos resultados gerais dos estudos do boceprevir e telaprevir em pacientes nunca tratados, houve ao redor de 30% a mais de resposta e nos previamente tratados 45%. Mais de 50% podem realizar o tratamento em 24 a 28 semanas ao invés de 48.
Pacientes de difícil tratamento como negros, com fibrose avançada (F3, F4), IL28B não CC, com resistência à insulina, não respondedores ao primeiro tratamento também respondem mais à terapia tripla.
A anemia é um efeito colateral do boceprevir e pode ser severa em menos de 10% dos pacientes. Pode ser manuseada com redução da dose de ribavirina, com uso da eritropoietina e, se necessário, com transfusão de sangue. Raramente a terapia precisa ser interrompida por anemia.
As lesões cutâneas causadas pelo telaprevir são, na maioria das vezes, de leve intensidade, mas há o risco de eventos graves, que ocorreram em menos de 1% dos pacientes nos estudos prévios.
A opção entre boceprevir ou telaprevir é feita pelo médico especialista em conjunto com o paciente, sendo que será explicado o motivo de determinada escolha. Isso já acontece quando é optado por interferon peguilado alfa 2 a ou alfa 2 b.
A ANVISA, já registrou tanto o boceprevir como o telaprevir, sendo que o boceprevir, já tem até um registro de preço.Salientamos que para um medicamento ser solicitado por via judicial tem que ter se registro na ANVISA.
O Ministério da Saúde iniciou o as reuniões do grupo de trabalho para incorporação dos inibidores de protease pelo SUS, estando previsto para 2012 o novo protocolo.
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